Será que já é tarde? - Parte 2
Depois de um tempo de espera de mais ou menos cinco minutos, avistei uma bela garotinha, aparentava ter a minha idade, 14 anos. Queria conhecê-la. A única coisa que ela falou foi um Oi, e depois sentou-se no banco e abriu o livro que ela tinha abraçado junto ao peito, e começou a ler. Tentei de várias formas ler o nome do livro, e eu acho que ela percebeu:
- Anne Frank, o Diário de Anne Frank. - Exclamou ela, fechando o livro, parecendo irritada. Eu somente acenei com a cabeça e sentei-me do outro lado do banco, sem dizer uma palavra. Ficamos assim, em silêncio.
De repente ouvi o barulho do motor do ônibus, e percebi que ele estava perto. O motorista era magro e alto, mas não tanto, li no seu crachá o nome de Adam. Passei pela porta e ele me desejou bom dia. Um igualmente saiu da minha boca. Sentei no último banco da fileira da direita, e a garota vizinha estava novamente lendo, com a cabeça baixa, sentada no banco a frente.
- Com licença. Não sou boa em apresentações mas meu nome é Susan. - Eu falei isso com um nervosismo inexplicável.
- Ah, olá Susan, meu nome é Mary Shoofh, desculpa por antes, eu estava irritada, minhas irmãs pegaram meus livros preferidos e rasgaram em mil pedacinhos sobrou só esse. - Disse ela levantando o livro, ela foi bem educada, sinceramente.
- Desculpas não são necessárias. Eu sei como é, também fico irritada com meus irmãos, eles decidem o que vamos comer no almoço do sábado, e sempre escolhem batatas com molho branco porque sabem que eu odeio. - Demos algumas risadas, ela pediu licença e continuou sua leitura inacabável.
Continua
Ráh
Adooorei , não vi a parte 1 , cheguei lendo a parte 2 mesmo, mas amei, vou voltar pra ver a parte 3 suhasuahs ' . Super me identifiquei com a Susan !
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Que bom que gostou. Obrigada pela visita.
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